Quarta, 13 Dezembro 2017 15:17

Os gêmeos Pedro e Gustavo, filhos da Thaís Muniz e André

Meu relato do parto da Thaís Muniz

Nasceu, ontem no dia 12/12/17, o gêmeos Pedro e Gustavo, filhos da Thaís Muniz e André. Thais é uma menina muito meiga que engravidou de forma natural de gêmeos, passada a surpresa, veio a alegria da benção de estar gerando 2 bebês, logo soube-se que seriam dois meninos.
Casada há cerca de 2 anos estavam morando em Araguaína, mas resolveu fazer pré-natal em Palmas com o Dr Alexandre Soares, indicação da sua cunhada Kárita Rincon, ela queria ter um parto natural. Logo também fez contato conosco, porém não poderia participar no grupo, afinal não morava aqui.
Sua data provável de parto seria em início de janeiro, mas já sabíamos que por serem gêmeos a probabilidade era deles virem antes era bem grande...

Ela vinha para as consultas mensalmente e numa dessas vezes veio nos visitar. Por volta de 31 semanas, começou a sentir contrações e o médico pediu a ela que ficasse em Palmas, de repouso, pois havia risco de parto prematuro, foi medicada e ficou por aqui e o marido ficou em Araguaína pelo trabalho.
Os 2 bebês foram gerados quase o tempo todo de cabecinha para baixo, o que falava positivamente para a possibilidade de parto natural como ela queria. No sábado, 15/11, o papai André Rincon, veio para participar juntamente com a Thaís da Oficina do Parto Natural, foram 6 horas dedicadas a falar de parto, sinais, sintomas, fisiologia hormonal, simulação de possíveis posições de parto, pronto... agora é ter paciência e esperar...
Durante esse tempo que esteve aqui em Palmas, estando bem, conseguiu vir em algumas palestras, ficou mais quieta, mas achamos que o trabalho de parto aconteceria por volta de 34 semanas, ou seja, final de novembro, início de dezembro, mas não evoluiu. Ela já estava ansiosa e os edemas em pés e pernas começaram a ficar mais intensos.

O repouso foi suspenso, ela passou a vir nas aulas de hidro e solo e também começamos com a acupuntura. Com as vindas mais constantes no grupo e sua inegável simpatia logo conquistou o coração das colegas e fez muitas amizades, teve a barriga pintada pela colega Aline, e esse convívio saudável entre elas, certamente contribuiu para que ela tivesse mais paciência e resiliência para aguentar esse tempo aqui longe do marido que estava trabalhando em Araguaína e só podendo vir nos finais de semana, mas ela também teve o apoio incondicional da mãe e vários parentes e amigos que junto com ela estavam esperando ansiosamente por esses bebês .

Mas, mesmo com todos os estímulos, por incrível que pareça as contrações pararam, e passou 35, 36 semanas, começou a retenção de líquido, ganhou quase 7 kg em menos de 1 semana, começou uma leve alteração da pressão arterial, ficamos atentos, mais acupuntura, drenagem, meia elástica, comida sem sal, chás...o quadro não se agravou, mas também não regrediu, pressão não ficou alta, mas também não baixou, estava instável, juntando a ansiedade...
Com 37 semanas o obstetra avaliou, colo mole, 3cm de dilatação, bebês encaixados, um deles bem baixo. Ambos bem com frequência cardíaca normal, ativos, mas a pressão, limítrofe, ele achou prudente induzir o parto ao invés de ficar esperando e arriscar se instalar um quadro mais sério, estava tudo favorável.

Ela internou e na tarde de segunda por volta das 16horas começou a indução com a ocitocina, depois de algum tempo as contrações começaram, mas bem fracas. As 19:30h fui para maternidade acompanha-la, o soro acabou e as contrações pararam, lá estavam o marido André sua mãe... Após acabar o soro as contrações pararam completamente. Alexandre então prescreveu mais um frasco de soro com ocitocina, que foi colocado por voltas das 21h, depois de alguma tempo as contrações começaram novamente, mas fracas.
Alexandre e eu sugerimos que ela tentasse dormir, descansar porque imaginávamos que mais no meio da madrugada elas ficariam mais intensas e ai seria a hora de realmente levantar se exercitar e se já estivesse cansada... Sugeri que ela largasse o celular e tentasse relaxar, cochilar. Perguntei pra o André se ele queria ir dormir para eu ficar ou vice-versa, pois se todos ficássemos acordados, na hora da necessidade estaríamos todos cansados. Ele disse que preferia ficar para que eu pudesse estar mais descansada quando ela realmente precisasse. Alexandre e eu conversamos bastante, nunca temos tempo para isso...Ele sugeriu que eu viesse para casa e tentasse dormir ele deitaria em um quarto do lado do dela e me chamaria na hora que precisasse, assim fizemos. Vim para casa, mas dormir que é bom, não consegui muito, só pensando nela e sonhando com o parto, entre um cochilo e outro. As 5h acordei, olhei o celular e nada, as 5:30h, liguei para ele que me disse que tinha acabado de avaliar e que o colo estava inalterado, as contrações não aumentaram mesmo depois de mais um litro de soro. Ele achava mais prudente não entrar com mais uma dose e resolveu indicar a cesárea. Imediatamente fui para o hospital, ao chegar a vi chorosa acabando de tomar um banho. Conversamos um pouco, fizemos uma visualização, rezamos, só nós 2 e fomos para o centro cirúrgico. O André pensou em não entrar, tinha medo de não se sentir bem lá dentro, conversei com ele e expliquei que ele não veria nada que não fosse necessário e que seria bem legal para eles e os bebês que ele estivesse lá, ao lado dela, ele concordou e entrou. Ela estava nervosa, mas o apoio do marido, seu carinho naquela hora deram a ela a força necessária. A equipe chegou, 2 pediatras, todos a trataram muito bem com compreensão e apoio aos desejos dela de ter uma cesárea humanizada e assim foi. O pai ficou na cabeceira dela e logo os bebês nasceram, eles decidiram que o maior e que nasceu primeiro seria o Pedro e o segundo a nascer 3 minutos depois o Gustavo. Ambos nasceram bem e foram colocados sobre o peito dela, as pediatras estavam presentes e acompanharam o tempo todo a vitalidade dos bebês, eles choraram e aos pouco foram ficando rosados. O Pedro, porém um pouco mais quieto, respirando comum pouco mais de esforço, mas bem. O Gustavo logo demonstrou sinas de que queria sugar, e pegou o a mama.
O pai ficou bobo e parece que logo se apaixonou pelos pequenos e acho que gostou muito de ter participado do nascimento deles.
Os bebês ficaram em contato pele-a-pele por 1 hora, depois foram examinados, pesados e medidos, coloquei a roupinhas neles. O pai logo os pegou todo orgulhoso. O Pedro continuava cansadinho, ficou mais um pouco no berço aquecido, mas depois de cerca de quase 1 hora, mesmo assim foi para o quarto com a mãe, o Gustavo logo pegou no peito e mamou como um bezerrinho. Mais tarde, depois de cerca de 6 horas de nascido, como Pedro continuava com um esforço maior para respirar o pediatra resolveu leva-lo para UTI neonatal onde passou a receber o suporte necessário para se recuperar e voltar para o colo da mamãe. Parabenizo a Thais pela simpatia, dedicação e maturidade que demonstrou ter durante toda a gestação. Sempre procurou se informar e se preparar para dar aos seus bebês tudo que fosse melhor para saúde e bem estar dos mesmos, por isso se preparou para ter um parto natural, mas aceitou a cirurgia como algo necessário naquele momento, afinal foi para isso que a cesárea foi inventada... Peço a Deus que abençoe grandemente essa família com muita união, saúde e muito amor! Agradeço de coração a confiança em mim e no meu trabalho e a benção de ter participado de momento tão importante da vida de vocês!

 

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